Emocional significa que tem a ver com a emoção, as sensações que uma pessoa tem que normalmente são vistas na expressão do rosto ou na forma como o corpo se comporta. Alguns exemplos de emoção incluem alegria, aborrecimento e medo.

Tom significa o estado emocional duma pessoa. Pode ser por um tempo muito curto ou um longo período de tempo.

Uma escala é uma série de passos ou níveis que estão dispostos numa sequência.

A Escala de Tom Emocional mostra todas as emoções que uma pessoa pode sentir em qualquer momento na sua vida.

A Escala de Tom também diz como se pode esperar que uma pessoa se comporte em qualquer momento. Quando uma pessoa está num certo nível na Escala de Tom, ela comporta‑se duma certa maneira. Por isso, sabendo qual é cada nível da Escala de Tom, você pode, então, predizer como uma pessoa se irá comportar.

Só há algumas emoções básicas na Escala de Tom. No topo, há a emoção de entusiasmo. Entusiasmo significa viva demonstração de alegria e animação; grande vontade de participar em algo. E logo abaixo disso, tem uma pessoa que está simplesmente feliz com qualquer coisa que está a fazer.

E depois, logo abaixo disso, tem uma emoção em que uma pessoa se refreia de ser abertamente feliz. Quando observa essa emoção, você tem a sensação de que a pessoa está simplesmente um pouco receosa de alcançar alguma coisa. Este nível na Escala de Tom chama‑se conservadorismo. Abaixo do conservadorismo, descobrimos o nível de tom de contente. Contente significa que a pessoa está mais ou menos feliz. Ela está satisfeita.

Abaixo desse nível temos o aborrecimento. Aborrecimento é quando não há nada errado, mas não está a acontecer nada. A pessoa sente que as coisas que quer fazer são apenas um pouco difíceis para ela e por isso, na verdade, não as está a fazer. Não há nada perigoso presente, mas também não há nada de emocionante. Ela não está a fugir de nada e não está a ir em direção a nada; ela simplesmente fica ali sentada num lugar, a não fazer realmente nada. Isso é aborrecimento.

Quando tenta fazer com que uma pessoa que está em aborrecimento faça alguma coisa, ela simplesmente ficará pouco amigável e ficará irritada consigo. Ela cai um pouco mais baixo na Escala de Tom. O próximo abaixo de aborrecimento é antagonismo. Antagonismo é um sentimento de contrariedade e irritação que alguém tem, que é causado por outras pessoas ao moverem‑se para mais perto ou comunicarem com ele.

Abaixo de antagonismo, a emoção da pessoa irá tornar‑se ira. Uma pessoa que está em ira pode ser ameaçada de tal forma que mostrará medo.

O medo — quando ela é ameaçada ou pressionada demais — irá tornar‑se pesar. Pesar é a incapacidade de fugir do medo, dum objeto assustador ou da ideia de perder algo muito importante para si.

O pesar, quando a pessoa é pressionada ou ameaçada com força demais, torna‑se em apatia: uma falta completa de interesse ou de sentimento pelas coisas em geral, com o resultado de que uma pessoa não sente emoção e não tem nenhuma energia.

Cada uma dessas emoções tem o seu próprio padrão de comportamento.

Os homens irados fazem certas coisas. Pode esperar que um homem zangado parta coisas. Pode esperar que ele seja desonesto. Pode esperar que ele tente controlar as pessoas à sua volta gritando com elas, dando ordens, ameaçando castigá‑las ou insultando‑as verbalmente. Conhece o padrão duma pessoa zangada.

Também conhece o padrão duma pessoa que tem medo, tal como uma pessoa que tem medo de dizer a verdade, ou uma pessoa que tem medo de enfrentar os factos reais sobre o que está a acontecer ou sobre o que ela fez. Tal pessoa mudará os factos em vez de os encarar. Ela irá mentir sobre o que aconteceu. Ela irá evitar a verdade porque agora é muito perigoso para ela. Por exemplo, digamos que uma pessoa invade uma casa e é apanhada pela polícia. Ela tem medo do que vai acontecer com ela, então ela mente. Ela diz que estava a andar por perto da casa e viu a porta da frente totalmente aberta, então ela simplesmente entrou em casa para ver se alguém estava em apuros lá dentro.

Para alguém que vive em medo, as pessoas ou outros seres vivos na sua área são perigosos para ele a tal ponto que ele está sempre com medo e tem uma forma definida de se comportar. Ele não se atreve a fazer um ataque direto a nada, nem ninguém. Ele nunca poderia ir até outra pessoa e dizer‑lhe que ele fez alguma coisa de errado. Ele tem de ir dizer ao Zé que o Pedro fez algo de errado, e depois fazer com que o Zé vá e diga ao Pedro que o Pedro fez algo de errado. Isso chama‑se hostilidade encoberta. Hostilidade é quando alguém é hostil, mostra ódio em relação a alguém e encoberta significa secreta ou oculta. As pessoas que têm medo comportam‑se dessa maneira.

Só se pode lidar com a pessoa que está em pesar com a emoção de compaixão. Por isso, ela faz com que os outros à sua volta sintam pena dela e a ajudem. Ela tem de depender deles, duma forma ou de outra, para a sua própria sobrevivência. Ela sente que não consegue sobreviver a menos que esteja em pesar ou fique doente.

A maneira como uma pessoa em apatia se comporta é simplesmente ao fingir que está morta. Por exemplo, um soldado entra em batalha, balas começam a voar por todo o lado. Ele não consegue suportar isso. Ele não irá lutar, nem pode fugir, por isso, entra em apatia, cai de cara no chão e fica deitado ali, rígido. Alguém poderia aparecer, chutá‑lo, achar que estava morto e avançar para outra pessoa. As balas do inimigo não o atingem. Ele acha que está em boa forma! Ao aceitar o facto real da morte, ele fica “morto”, e assim as coisas perigosas afastam‑se e deixam‑no em paz. Algumas pessoas usam esse padrão como uma forma de sobreviver na vida: “Se estiver suficientemente morto, ninguém me vai incomodar.”

Se olhar realmente à volta, pode encontrar alguém assim. Poderia ser a pessoa que vende jornal na esquina. Pode reconhecer uma pessoa que está em apatia por aquilo que ela diz. A conversa dela será algo como: “Não sou perigoso. Não sou uma ameaça para si. Não sou uma ameaça para a vida. Não poderia fazer isso. Não poderia fazer nada. Por conseguinte, não precisa de me atacar. Estou morto.”

Suponha que recebesse uma grande notícia sobre um novo projeto com o qual ficou empolgado e partilha isso com pessoas em diferentes níveis da Escala de Tom. Como é que elas reagem?

Alguém em pesar, por exemplo, acha que ele está muito perto da morte e que tudo está perdido de qualquer das formas. Para ele, não adianta nada seguir em frente, e a vida é uma experiência dolorosa de qualquer forma. Ele quer ficar ali sentado e sentir pena de si mesmo. Essa é a maneira como uma pessoa em pesar age. Ela irá tratar de tudo na vida assim, incluindo a sua ótima notícia.

Que tal alguém em medo? Para ele, a sua vida está sob uma ameaça contínua. Ele irá desvalorizar qualquer coisa que diga que é empolgante. E em qualquer momento que estiver entusiasmado (empolgado e altamente interessado) sobre algo que vai fazer e tenta incluir a pessoa, ela irá desvalorizá‑lo e diminuí‑lo.

Se fosse até um homem que seja muito conservador e dissesse: “Temos este grande projeto entusiasmante e vamos executá‑lo este ano”, o conservador começaria a falar sobre desacelerar as coisas. Ele poderia dizer: “Bem, pensou bem nisso e planejou cuidadosamente?” E quando terminar de falar com esse homem, vai desejar nunca ter falado com ele. Ele tem muitíssimas razões pelas quais não se pode entusiasmar com esse projeto, mas ele não diz que está em desacordo com isso.

Depois, vai até alguém que está alto na Escala de Tom, no nível de tom de felicidade. Conta‑lhe o projeto e ele diz: “Excelente!” E diz que vai ser assim e assim e assim, e que vai fazer isto e ele diz: “Uau!” E esse homem adiciona alguma coisa a isso. Ele faz com que seja um projeto mais entusiasmante. Ele é o único com quem pode falar assim.

Em suma, quando se conhece a escala de emoções, é possível saber a maneira como as pessoas irão agir e pode ver como se comportam na vida.

O único valor que alguma coisa tem é quão útil é e se funciona ou não.

A Escala de Tom Emocional é definitivamente útil e, sem dúvida, funcional.