Para decidir sobre a melhor solução para resolver qualquer coisa na vida, o melhor é olhar para todas as coisas relacionadas com esse problema e fazer o que ajuda a sobrevivência do maior número de dinâmicas.

Isso não quer dizer que não possa destruir nada. A morte ou destruição tem de acontecer algumas vezes para limpar o caminho para que as coisas continuem a avançar e melhoramentos possam acontecer. E a destruição, quando usada dessa forma, é correta e aceitável. Por exemplo, não se pode construir um novo edifício de apartamentos sem derrubar o antigo que estava lá antes.

Ou simplesmente imagine o que aconteceria se tivesse de manter cada pedaço de papel que recebeu na vida e depois tivesse de se mudar. Se não pudesse destruir nada, teria de arrastar consigo todos esses pedaços de papel e tudo o resto que possuísse. Pode ver como seria ridículo. Tem de destruir algo de vez em quando.

Há uma forma sensata de fazer isso: não deve destruir mais do que precisa para deixar uma área pronta para construção. Se começar a destruir mais do que precisa, vai ficar em muito mau estado muito rapidamente.

As dinâmicas significam simplesmente os diversos impulsos de sobrevivência. Como é que alguém sobrevive? Poderia dizer que uma pessoa sobrevive apenas para si mesma porque ela decidiu isso, e trabalha e desfruta da vida com outros, porque é um indivíduo. Mas também poderia dizer que alguém sobrevive só para ter filhos de modo que haverá pessoas no futuro, e essa é uma forma muito bela de olhar para a vida. Ou pode dizer que a pessoa sobrevive apenas para o governo, vive num país onde toda a propriedade é controlada pelo governo. Poderia pegar em todas as formas como ela sobrevive listadas acima e poderia decidir que cada uma delas é verdade. Mas quando põe isso à prova, descobrirá que necessita de todas as oito dinâmicas para sobreviver. Não pode sobreviver bem se não estiver a sobreviver em todas as oito dinâmicas. As dinâmicas somam‑se à sobrevivência da própria vida.

Por isso, quando tem de descobrir a melhor solução para qualquer problema, deve fazer isso tendo em conta todas as dinâmicas. A melhor solução para qualquer problema seria aquela solução que mais beneficiasse a construção ou criação para o maior número de dinâmicas que tem a ver com esse problema.

Por exemplo, se um bebé estivesse a ser atacado por uma cobra, a melhor solução seria salvar a vida do bebé e poupar a cobra se possível.

No entanto, se tivesse de resolver um problema em que um homem armado sequestrou seis pessoas e estava prestes a matar todas elas, a melhor solução seria parar o homem armado, mesmo que isso significasse que tivesse de disparar contra ele para salvar as vidas das outras seis pessoas.

As soluções que prejudicam uma dinâmica para o benefício de outra dinâmica acabam resultando em confusão e desordem. Mas quando isso tem de ser feito, a solução é descobrir e fazer as coisas que trarão a maior ordem e o mínimo de caos.

Como outro exemplo, digamos que fosse um membro dum grupo (a sua Terceira Dinâmica), que estava a fazer algo que era contra a lei. Você começa a sentir‑se culpado (a sua Primeira Dinâmica) e isso afeta o seu casamento (a sua Segunda Dinâmica) e o seu trabalho (a sua Terceira Dinâmica). Ao examinar as dinâmicas, a melhor solução, embora possa criar problemas para si de outras formas, seria deixar o grupo que estava a violar a lei.

A maneira de descobrir a melhor solução ou resolução para qualquer problema consiste em examinar as várias maneiras como o problema poderia ser resolvido e decidir qual causaria o mínimo de danos para o menor número de dinâmicas ou fazer o maior bem para o maior número de dinâmicas. Por outras palavras, dependendo do tempo disponível para realizar a resolução e tudo o mais envolvido, chega‑se à melhor solução. As coisas que faz para resolver esse problema devem ser criativas ou construtivas para o maior número possível de dinâmicas.

Então, a melhor solução para qualquer problema seria aquela que desse o maior benefício a todas as dinâmicas.